— Soltem ela! — A voz de Celina ecoa com firmeza, cortando o ar tenso.
Os dois agentes que tentam conter a mulher hesitam por um instante. A loira furiosa à porta do prédio se debate como uma tempestade em miniatura, os olhos vermelhos, os cabelos presos de qualquer jeito e a voz carregada de desespero. Ao ouvir Celina, ela para. Os olhos se arregalam e, por um segundo, o mundo parece desacelerar.
— Cê... Celi? — Juli murmura, a voz falhando entre o alívio e o choque.
Celina mal tem tempo de reagir antes de ser esmagada por um abraço desesperado. O corpo leve da amiga se choca contra o seu, os braços a enlaçam com força exagerada e as lágrimas de Juli já estão encharcando sua blusa antes mesmo que consiga abrir a boca.
— Meu Deus, o que aconteceu com você? Por que sumiu por tanto tempo? — Juli questiona, a voz embargada numa mistura de medo e alívio. — Foi aquele merda do seu chefe, não foi? Eu sabia! Eu sabia que isso ia dar merda! Oh, minha amiga… me escute antes de se meter em encr