A sexta-feira finalmente chega, trazendo consigo o peso silencioso de uma semana que passou sem novos confrontos — apenas silêncios desconfortáveis e distâncias medidas em olhares evitados. Houveram dias em que Dante saía sozinho, sem dizer para onde ia. Quando Celina perguntava, ele apenas murmurava que estava resolvendo “questões pessoais”, como se isso bastasse.
Durante esses dias, Celina vasculhou o que pôde. Observou, escutou, esperou. Mas não encontrou uma única prova concreta de que Dante fosse um policial corrupto. Isso a corroía por dentro.
E se ele não fosse o homem que ela viu naquela noite?
E se sua mente, tomada pelo trauma, tivesse confundido rostos, vozes... intenções?
E se, em sua sede de justiça, estivesse atacando a pessoa errada julgando apenas pela aparência?
São tantas as perguntas que Celina sente sua cabeça latejar.
Mas a dúvida não era o suficiente para fazê-la desistir.
Ela ainda queria respostas.
— Não vai vir? — A voz grave de Dante a puxa de seus pensamen