— Agora — o comando de Dante vibra sobre a máscara, sua voz atingindo um tom ainda mais grave.
O estranho engole a seco quando encara o mascarado de lobo que surge atrás de Celina. Ele tenta sustentar o sorriso confiante, mas o gelo que corre pela espinha o denúncia.
Ele não sabe explicar por que, mas a presença daquele homem pela metade coberto de pelos falsos transmite a mesma ameaça tangível de um animal de verdade: algo prestes a arrancar sua garganta se ele não recuar.
Ele tenta ignorar a sensação, mas a presença do mascarado é esmagadora, mesmo que o homem não mova um músculo.
Será que é o namorado dela? — Ele se questiona.
Celina prende a respiração.
O desconhecido solta seu pulso e ergue as mãos num gesto de paz, um sorriso sem graça tentando disfarçar a tensão no ar. Dante dá mais um passo à frente, os olhos cravados no homem como garras invisíveis. Mas não diz mais nada.
Por mais que ele quisesse, ele não pode tocar neste humano. Mas isso não quer dizer que não possa ameaça-