Saímos do hospital e vou buscar meu carro no estacionamento, minha vontade é de nunca mais soltar Isabela, mas preciso dirigir.
Minha filha! Ela é minha filha!
Meu amor por ela só aumentou com essa descoberta e farei de tudo para fazer parte da sua vida e dos seus dias a partir de agora.
Vamos o caminho em silêncio, eu não olho na direção de Laura sem sentir meu peito ser dilacerado.
Como ela pôde fazer isso comigo?
Chego na frente do seu prédio e paro o carro na entrada, ela pega a bolsa e antes de abrir a porta olha para mim pelo retrovisor.
— Você não vai subir? — questiona
— Não, preciso ir em casa tomar um banho e dormir um pouco, passei a noite no carro. Mais tarde eu venho ver como ela está e terminar a conversa que nem começamos — digo frio, sem me importar que ela perceba o quanto estou chateado.
— Você dormiu no carro?
— Sim, Laura. Eu não conseguiria ir para casa e dormir depois de tudo, principalmente sabendo que ela estava lá no hospital. Agora, por favor, eu realm