Quando passou pela mesa dele, ergueu o queixo, elegante e serena, sem sequer desviar os olhos. O perfume dela ficou no ar, e Mikail prendeu a respiração por um instante.
Assim que ela cruzou a porta, ele soltou o ar com força, os punhos cerrados sobre a mesa.
Irina o olhou, confusa. — O que foi agora?
— Nada — respondeu, mas a voz saiu rouca, quase um rosnado. — Absolutamente nada.
Mas o fogo nos olhos dele dizia o contrário.
Sofia podia ter ido embora, mas Mikail continuava ali, imóvel, encarando a porta por onde ela saíra. O ciúme queimava, a raiva fervia, e o desejo que tentava sufocar crescia, indomável.
Ela o estava enlouquecendo — e, no fundo, sabia disso.
Ela entrou no salão com passos decididos, como quem sabe o efeito que causaria. O ar parecia se curvar ao redor dela. Conversas se calaram por um instante, olhares desviaram, e todos os homens — dos mais jovens aos mais velhos — não conseguiam esconder a admiração. Era inevitável: Sofia estava deslumbrante, e iss