Mikail respirou fundo, tentando conter a raiva e a devoção com o comportamento racista da mãe, que ele achava inadmissível.
— Pois tenha certeza de que vai passar por mentirosa e eu ficarei muito feliz com isso.— disse entre os dentes.
— Porque, conhecendo a Sofia como eu conheço, ela vai fazer questão de deixar claro quem é. E mais uma coisa, mãe… — ele a fitou com dureza.
— Já lhe disse que racismo é crime.
Sem esperar resposta, virou-se e se afastou, o coração batendo forte.
Do jardim, o som das risadas chegou até ele. Mikail parou à distância, observando. Sofia estava sentada à mesa do senador Olavo, sorrindo, elegante, segura. Ao lado dela, o filho do senador, um jovem engomadinho , de terno impecável , uma cópia mais jovem do pai, parecia disputar com o próprio pai quem conseguiria chamar mais a atenção de Sofia.
Com certeza o senador viúvo , uma raposa velha não deixaria de jeito algum que o filho chamasse mais a atenção que ele , ja o filho não admitia que o pa