Do outro lado do prédio, no mesmo andar, Sofia empurrava a porta de sua nova sala. Um espaço amplo, com paredes de vidro que permitiam vista privilegiada para a entrada da mineradora. A mesa de madeira maciça e os detalhes modernos contrastavam com a frieza corporativa do ambiente.
Ela caminhou lentamente até a janela, observando o movimento lá fora, e um sorriso discreto se formou em seus lábios.
Ainda podia sentir, como se fosse agora, o olhar de Mikail queimando nela no restaurante. O tom duro, a postura rígida, a forma como ele se aproximou… tudo denunciava. Ele estava incomodado. E não por causa de negócios.
— Ciúmes… — murmurou para si mesma, com um brilho quase malicioso no olhar.
Sentou-se na cadeira giratória, girando levemente enquanto deixava a mente trabalhar.Se lembrando de quanto sua mãe sofria quando lhe contava como era tratada pela família Oslov e o quanto foi pisada por aquela família que se achava dona de tudo e de todos.
— Pois é, mamãe… — falou sozinha, com u