O cheiro marcante e inconfundível do perfume dele ainda pairava no corredor. Sofia o sentiu e sorriu de lado. Sabia que ele estava ali, olhando e desejando . A porta entreaberta fora intencional. O gesto de pender a meia na liga, ensaiado. Tudo para deixá-lo à beira do descontrole.
Mikail sentiu o sangue pulsar todo para um único lugar. O desejo tomou conta de seu corpo como um raio. A ereção veio imediata, pesada, dolorosa, apertando contra o tecido da calça de moletom que ele ainda usava. Prendeu a respiração. Seus olhos não conseguiam desviar da coxa roliça, torneada, bronzeada... A curva perfeita entre o quadril e o início da meia era arte pura. Pecado puro.
Ele sabia que deveria sair dali. Mas ficou.
A respiração dele tornou-se pesada. Os punhos cerrados. Uma parte de si queria invadir o quarto, agarrá-la pelos quadris e tomar tudo o que ela estava lhe oferecendo, porque algo lhe dizia que ela sabia muito bem que ele estava ali queimando de desejo por ela.
Sofia terminou de