Mikail sentiu o sangue ferver. As palavras de Sofia ainda ecoavam em sua cabeça, cortantes e provocantes. Ela o desafiava como ninguém jamais ousara — e isso o enlouquecia. O corpo reagia de forma brutal, quase dolorosa. O desejo e a raiva pulsavam juntos, como duas feras presas dentro dele, disputando o controle.
Virou as costas e saiu da sala antes que fizesse uma loucura. Precisava de distância. Precisava respirar. Mas, mesmo afastado, o perfume dela ainda parecia grudado em sua pele, provocando como uma maldição.
Sofia, por sua vez, tentou se concentrar no trabalho o resto do dia. Fingiu calma, mas o coração batia rápido demais, como se quisesse saltar do peito. Cada vez que lembrava dos olhos frios de Mikail sobre ela, das palavras ácidas, da tensão que os cercava, o estômago se revirava — de raiva e… algo mais.
Ela o odiava. Odiava o modo como ele a fazia sentir-se viva. Odiava como o simples som da voz dele era suficiente para bagunçar seu equilíbrio. Odiava ainda mais o fat