Assim que Mikail sumiu de vista, Davi suspirou dramaticamente, encostando-se à lateral da porta da sala.
— Amiga… pelo jeito, se eu não correr o risco de ser demitido pelo gostosão do Mikail, corro o risco de ser morto por ele — disse, em tom de brincadeira, mas com um fundo real de preocupação.
Sofia riu, mas não deixou de notar o receio em seu olhar.
— Claro que você não será demitido, Davi. Eu não deixaria. E matar você? Duvido muito que ele faça isso.
— Pois eu te digo… pela forma como ele olhou para você e depois para mim, se os olhos dele pudessem matar, nós dois já estaríamos mortos.
— Mas não podem — ela respondeu, cruzando os braços, num tom firme.
— E nem ele fará isso. Aliás, preciso que ele continue pensando que temos algo. Quero deixá-lo louco de ciúmes… isso, se ele realmente sente algo por mim.
Davi sorriu de canto, ajeitando a gravata.
— É claro que sente. Qualquer um consegue ver. E pode contar comigo para continuar nessa encenação, mas… eu tenho med