Fechou os olhos, lembrando-se da forma como ela ergueu o queixo, como se dissesse “Você não vai me vencer”. Lembrava da respiração acelerada, do leve tremor nas mãos dela. Ele sabia ler medo — e aquilo não era medo. Era desafio.
Mikail não se permitia fraquezas. Mas admitir que desejava Sofia não era só uma fraqueza — era um risco. Ela estava se infiltrando nele de um jeito que ele não sabia controlar.
Abriu os olhos, olhando para o copo de uísque à sua frente. Tomou um gole, sentindo o líquido descer queimando. Pensou no jeito como ela falou sobre assumir a mineradora. Orgulhosa. Determinada. Sem pedir permissão.
Droga. Ele estava indo para Nova York, mas já sabia que ficaria pensando nela todos os dias. E, quanto mais tentasse afastá-la da mente, mais ela surgiria — no sorriso de canto, no brilho desafiador dos olhos, no cheiro da pele que ele não conseguiu esquecer.
Encostou a cabeça no encosto, soltando um suspiro pesado. Talvez tivesse que aceitar o que já sabia no fundo: est