Uma corrente gélida percorreu todo o corpo de Paulina, fazendo-a tremer levemente. Os olhos claros estavam arregalados e a boca abria e fechava nervosamente, embora nenhum som saísse.
— Você é maravilhosa, linda, gentil e compreensiva, a melhor pessoa que conheço. — Nathaniel acariciou seus dedos. Longe de transmitir conforto, aquele gesto, junto com a declaração seguinte, levou lágrimas aos olhos da Perez. — Qualquer homem seria feliz ao seu lado. O problema é comigo. Eu não te mereço.
— Não entendo... — murmurou com dificuldade, já que sua garganta formigava como se tivesse areia.
— Não quero iludi-la Lina. Valorizo demais sua amizade.
— Amizade? — Paulina chiou com voz aguda.
Desnorteada, respirou fundo e sacudiu a cabeça, necessitando colocar os pensamentos em ordem. Nathaniel não podia larga-la, não podia. Ela o amava e ele a amava.
— Tudo bem... — murmurou sustentando um sorriso trêmulo. — Podemos dar um tempo... alguns dias... meses talvez?
— Desculpe-me, Lina. É definit