— Não ensinarei porra nenhuma! — esbravejou levantando, a palma esfregando o rosto. Ela tinha a mão pesada para alguém tão pequena.
— Desculpe-me... — Tomada pelo desespero, Paulina ergueu-se e o agarrou pelo braço. — Por favor, Simon! Não queria... É que...
— Inferno! Estou farto de lágrimas — exasperou-se, segurando-a pelos ombros. — Você não cansa de bancar a vítima? Quem levou o tapa fui eu, droga!
— Juro que não queria... — desculpou-se choramingando.
— Entendi. Agora pare de chorar — ordenou.
— Vai me ensinar...?
— Sem chance! — respondeu, afastando-se com uma carranca.
A raiva e o desgosto de Simon eram palpáveis, mas nada disso apavorou Paulina, ao contrario, aumentou seu desespero e a vontade de fazê-lo mudar de ideia. Precisava convencê-lo a ajuda-la.
— Foi o nervosismo... Quando fico nervosa faço coisas sem pensar...
— Você sempre fica nervosa comigo — retrucou, completando categórico: — Desista.
O toque do interfone interrompeu a nova leva de súplicas. Apertou o botão de v