EULÁLIA
“Ele é o rei dos lobos. O meu rei. O meu companheiro.” Era tão bom e tão irreal ao mesmo tempo.
Quando desci para sua barba feita há dois dias, ele agarrou minha mão para me impedir de traçar caminho até seu pescoço.
— Esse não é o lugar, Eulália!
— Por quê?
“Não estamos em um quarto?” Não conseguia sentir timidez suficiente naquele momento, apenas consciência de sua presença e toque.
— Tem corpos atrás de mim, o odor de sangue é repugnante.
O olfato dele era muito melhor do que qualquer lobo comum ou alfa.
— Eu havia esquecido. Eu nem o sinto — confessei.
Mesmo que restasse algo desse mesmo material sanguíneo nos dedos dele ou debaixo de suas unhas.
— Como que não sente? — novamente cheirou o ar, então apertou os olhos.
— Você sente algo mais? — perguntei, quase inocentemente.
— Claro que sinto. Mas não combina com esse ambiente.
— Então me leve para o lugar certo! — pedi, hipnotizada, embriagada por ele.
— Não foi assim que eu planejei — ele resmungou, lutando contra si mesm