WULFRIC
 Durante a madrugada, tive que deixar Eulália sozinha na cama. Era hora de fazer algumas ligações.
 Mas antes de ir para o escritório, decidi fazer outra rota...
  Bati na porta e escutei o som da chave girando devagar. Reymond deveria estar esperando no escritório, e eu o faria esperar mais um pouco para que ele não precisasse assistir.
 Assim que os cabelos loiros e olhos verdes me viram, suas pupilas dilataram. Adentrei seu quarto sem cerimônia — afinal, o castelo era meu, e ele um dia foi meu beta.
 — Vejo que permanece tempo demais aqui — comecei, olhando ao redor. Tudo estava com uma aparência demasiadamente usada.
 — Preciso, depois de tudo — disse William, fracamente.
 O encarei, vendo-o passar à minha frente para sentar-se com cuidado na poltrona mais próxima.
  — É sua casa, afinal! — disse, indicando o sofá largo.
 Caminhei até ele, mas não me acomodei. Permaneci de pé, atrás do móvel.
  — Já se passaram três dias? — ele murmurou, escondendo sua apreensão.
 — Eu fi