WULFRIC
O vento nas montanhas era mais gelado àquela hora da manhã, e o caminho até a morada da bruxa era cercado por névoa densa e árvores que sussurravam com o toque do vento.
Com um manto cinza sobre a cabeça, cobrindo inclusive o corpo e as vestes que o sopro sibilante do vento tentava balançar enquanto caminhávamos.
Minha preferência era o negro, mas resolvi escolher algo que não denunciasse minha imagem por causa dos cabelos prateados.
Reymond caminhava ao meu lado em silêncio. Ele optou por uma preferência parecida, até mesmo nas botas.
O silêncio nos denominava, mas os pensamentos, por mais que fossem calmos e controlados de Reymond — o que quase ninguém conseguia — ainda eram audíveis para mim.
— Está muito preocupado com isso. Mas confesso não estar surpreso.
— É meio preocupante, supremo. — Sorriu pequeno. Tínhamos uma ideia do que poderia ser, e esse era o motivo daqueles sentimentos turbulentos.
Torci o nariz, sentindo o odor do incenso intensificar com a aproxim