EULÁLIA
Já sentia a tristeza me inundar, pelo que teria que fazer. O companheiro que eu achei que não existisse era, na verdade, alguém que já existia mesmo antes de nascer: através das profecias.
Era bom demais para ser verdade, e eu também tinha que ser boa o suficiente para não ser egoísta.
Fechei os olhos por alguns segundos, buscando coragem para continuar. Quando os abri, a tempo de falar, o supremo me agarrou pela cintura, me levantando. Como um flash, me jogou na cama e pairou sobre mim.
Aquela ação me surpreendeu tanto que me calou. Em vez de continuar minha frase de rejeição, o que escapou dos meus lábios foi somente um pequeno grito:
— AH, VOCÊ ESTÁ ASSUSTADA? — seus olhos vermelhos se aproximaram ainda mais dos meus.
Sua voz tremia nas minhas veias.
— VOU MOSTRAR PARA VOCÊ QUEM DEVE SER!
Seu corpo me prendeu, e sem aviso, suas mãos afastaram os fios ruivos do meu pescoço, descendo até o ponto acima do peito.
“O quê?”
Não tive tempo de pensar. Mesmo trêmula,