Alena Petrova
— Mãe, onde você estava? O que aconteceu com você?
As palavras saíram de mim em desespero, mais como um soluço do que como uma pergunta. Minhas mãos tremiam enquanto percorriam cada centímetro do corpo dela, os pulsos marcados, o rosto abatido, a pele mais fria do que deveria estar. Eu precisava ter certeza de que ela ainda estava inteira, de que não havia nada além do que meus olhos conseguiam ver.
Mas ela não respondeu. Seus lábios estavam entreabertos, os olhos fixos em algum ponto distante atrás de mim, como se ainda estivesse presa onde estava — fosse ele qual fosse. O choque tinha se apoderado dela, e eu não sabia como arrancá-la dali.
— Mãe… por favor, diga alguma coisa. — supliquei, quase infantil, sentindo um nó me rasgar por dentro.
Ela não disse nada.
Olhei ao redor, desesperada, como se alguém pudesse me explicar o que eu não estava suportando compreender. Havia vários homens em volta, mas meus olhos buscaram apenas um rosto. O dele. O de Mikhail.
Eu não prec