Alena Petrova
Eu não sabia de onde tinha tirado forças. Minhas mãos estavam tremendo, meu corpo mal se aguentava, e mesmo assim… quando percebi, já tinha feito.
O estampido do tiro ainda ecoava nos meus ouvidos, e a arma queimava nas minhas mãos como se fosse feita de fogo. Havia fumaça saindo pela ponta, e logo à frente estava o corpo caído de Volkov, em cima do de Mikhail, com um buraco bem no meio da cabeça.
Eu fiquei sem ar. O coração disparado, a respiração curta, as pernas bambas. Tudo parecia rodar.
Minhas mãos tremeram tanto que a arma escorregou. Eu deixei cair, ouvi o barulho metálico no chão, e logo em seguida meu corpo cedeu também. Eu me larguei ali, sem forças, completamente exausta.
— Acabou… — minha voz saiu baixa, mal passando de um sussurro. — Finalmente, acabou…
E antes que eu conseguisse pensar em qualquer outra coisa, as lágrimas desceram sozinhas, misturadas ao alívio e ao medo.
(...)
Mikhail Vasiliev
Respirei fundo. O som do tiro ainda zumbia na minha cabeça, m