Isaac e eu estávamos quietos até que meu celular tocou. Sem olhar no visor, atendi, achando que fosse meu pai.
— Oi, Papi! Ainda está acordado? — perguntei, ouvindo uma risadinha do outro lado da linha.
— Eu não sou o seu papai, mas, se quiser, posso ser. — Como aquele idiota conseguiu meu número pessoal?
— Como você conseguiu meu número? — perguntei, curiosa.
— Sou famoso e tenho meus meios. Soube que a Stella esteve aí no seu quarto, mas não se preocupe, já falei com ela. Estava aqui pensando...
— E desde quando você pensa? — soltei, sem filtro. Ele gargalhou, e eu rapidamente me arrependi.
— Você nem me conhece, gata.
Eu o conhecia melhor do que ele imaginava, mas não ia dizer isso a ele.
— Conheço caras como você, e são todos iguais.
— Não acredite em tudo que lê por aí. Estava pensando... O que acha de jantar comigo? Conheço um lugar onde ninguém vai encher o saco, e podemos conversar sobre a minha "suposta" filha.
A palavra "suposta" me irritou, mas não podia cobrar nada dele. A