Quando abri a porta e encontrei Noah parado ali — ombros tensos, respiração acelerada, o maxilar travado de um jeito que só aparecia quando ele estava lutando contra ele mesmo — meu coração simplesmente… parou.
Eu não esperava vê-lo. Não depois da forma que ele me ignorou na empresa, nem depois de vê-lo cercado pela Helena mais cedo, como se fosse a coisa mais natural do mundo que ela orbitasse ao redor dele. Eu tinha prometido a mim mesma que manteria distância, que colocaria minha cabeça no lugar, mas ele estava ali. Na minha porta. Quase no meio da madrugada.
— Precisamos conversar — ele repetiu. A voz baixa, rouca… carregada de algo que eu não sabia se era raiva, desejo ou desespero.
— Noah… — sussurrei, abrindo só um pouco mais a porta. — Aqui não é um bom momento.
— Então me dá um bom momento. — Ele deu um passo, entrando no espaço entre nós sem me tocar, mas bagunçando todo o ar ao meu redor. — Porque eu estou ficando louco com isso.
Aquilo fez meu estômago revirar.
— Com isso…