NOAH
Não existe limite para a paciência de um homem.
E o meu… acabou hoje.
Chego em casa exausto, a cabeça latejando desde o almoço, quando meu pai me chamou à sala dele para mais uma conversa “estratégica”. Estratégica para ele, claro. Para mim, era mais uma sessão de tortura emocional.
Eu só queria um banho, uma comida decente e a Ella nos meus braços — mas a casa está cheia. Isso já me dá um pressentimento ruim.
Quando entro na sala, o cenário me acerta como um soco:
Helena sentada no sofá, com aquele sorriso calculado.
Os pais dela logo ao lado, conversando com a minha mãe.
Meu pai servindo vinho para todos, animado demais para ser coincidência.
E Olívia… me olha como quem sabe exatamente o que está prestes a acontecer.
Eu cerro a mandíbula.
— Que reunião é essa? — minha voz sai fria.
Meu pai sorri. Um sorriso satisfeito, orgulhoso, como se finalmente meu retorno ao país estivesse se encaixando nas expectativas dele.
— Noah, que bom que chegou. Estamos conversando sobre a fusão co