ELLA
Eu nunca pensei que pedir demissão fosse me dar tanto alívio e, ao mesmo tempo, tanto medo.
Acordei com a mente ainda pesada depois da noite no hospital. O som do monitor cardíaco ainda parecia ecoar dentro de mim, como se minha mente insistisse em me lembrar do que poderia ter acontecido — do quão perto eu estive de perder o meu bebê.
O nosso bebê.
Acordei antes de Noah. Ele dormia profundamente ao meu lado, o braço estendido em minha direção, como se mesmo inconsciente tentasse me proteger de alguma coisa.
Passei os dedos devagar pela pele dele, pelo contorno do ombro, e meu peito apertou.
Ele estava esgotado.
Ele estava carregando um peso que nunca foi dele sozinho.
E eu… talvez eu estivesse só começando a entender isso.
Me levantei devagar, para não acordá-lo, e fui até a cozinha beber água — meu estômago dava sinais leves, mas suportáveis. O enjoo das últimas semanas parecia mais previsível agora, embora ainda insistisse em aparecer quando eu menos desejava.
Peguei o celular