Non, amore mio...

Marina

No dia seguinte, antes de sair para o escritório em Londres e acertar os últimos detalhes do novo projeto em Maidstone, Santino me tomou pela mão e me guiou até o sofá. Me senti como uma criança sendo levada para ouvir algo importante — e, de fato, era.

Ele se agachou na minha frente, me olhou como quem segura o mundo inteiro nos olhos e disse, com a voz firme, mas doce:

— Nos vemos à noite. Investiga mesmo se meu pai está bem, per favore. Eu não quero me ausentar daqui se for só fachada. Se precisar... — ele respirou fundo, os dedos apertando levemente minha mão — eu viajo todos os dias só para te ver.

O cuidado dele com Lúcio, a forma como ele ainda colocava o pai como prioridade, mesmo com tanto amor por mim... aquilo me tocou.

Muito.

— Pode ficar sossegado. Eu vou sondar Lola e ficar de olho em tudo — prometo, tentando sorrir.

Mas Santino parece ainda inquieto.

— O desejo dele de nos ver bem é tão grande… que ele pode estar simulando uma melhora.

Aquelas palavras me golpeia
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