Amber, uma jovem mimada e de família rica, enfrenta uma reviravolta devastadora quando seu pai perde tudo em golpes financeiros, obrigando-as a se mudarem para a periferia de Nova York em busca de abrigo. Despreparada para lidar com a dura realidade da vida na periferia, Amber se vê lutando para sobreviver em um ambiente hostil onde oportunidades são escassas. Por um golpe do destino, ela consegue um emprego em uma empresa inesperada, sob a liderança de um chefe do seu passado. Embora inicialmente relutante em aceitar o trabalho de faxineira, Amber percebe que essa humilde ocupação pode ser sua única chance de reconstruir sua vida. À medida que mergulha nas tarefas diárias, ela se depara com lembranças há muito esquecidas, desencadeando uma jornada de autodescoberta e redenção. OBS: Essa história se trata de uma série de 4 livors, que irão do capítulo 1 ao epílogo, após ele será iniciada a segunda, terceira e quarta, por essa razão ele consta como andamento, conforme as histórias forem sendo finalizadas, vou atualizando o status aqui, e quando o quarto livro for terminado o livro entrará no status de concluído. Livro 01: A Faxineira do Ceo - Concluída Livro 02: A Roceira do Metropolitano - Previsão de início em julho-24 Livro 03: Sem previsão no momento Livro 04: Sem previsão no momento Acompanhem essa jornada e leiam o primeiro livro até o fim! Em breve teremos mais!!!
Leer másAmber Brown
O dia amanhecera cinzento, combinava em muito com o meu estado de espírito, mas isso já não era importante, o que eu sentia, ou o que eu deixava de sentir não mudava em nada a minha realidade, e ela era muito pior do que eu gostaria de viver, ou do que eu acreditava que merecia viver, minha vida era completamente perfeita, eu não tinha o que reclamar, porém de uma hora para a outra tudo mudou da água para o vinho em questão do quê? Dias? Horas?
Levantei da cama com muito custo, pois sabia que seria a última vez que me deitaria nela, caminhei lentamente, desfrutando da visão do meu quarto, enquanto ele ainda era meu, até que cheguei a janela para observar o jardim, pensava que talvez eu pudesse vê-lo novamente no futuro, mas muito provavelmente, eu jamais o veria de novo. Desci as escadas e vi mamãe sentada no sofá com os olhos perdidos, olhando para um ponto fixo, ela com certeza deve estar muito mais desorientada do que eu com tudo que nos aconteceu.— Bom dia! Mamãe! — Chamei a sua atenção, tentando parecer animada — Já arrumou as suas coisas?Ela nem se dignou a responder-me, apenas apontou para as inúmeras malas da Balenciaga organizadas ao lado do chapeleiro bem próximo à porta, mamãe nunca precisou economizar, comprava absolutamente tudo que desejasse, e eu por inferência, tinha o mesmo direito e hábitos que ela, pelo menos os nossos pertences pessoais o banco não confiscou, minha mente trabalhava em busca de soluções, e eu só pensava que poderia vender essas malas no e-bay por um valor suficiente para nos manter por alguns meses, ainda mais os itens de grife dentro delas.Não tínhamos mais funcionários que pudessem nos ajudar a carregar tudo para o taxi, todos eles, sem exceção, debandaram assim que recebemos as notificações da justiça confiscando a nossa mansão localizada em Ridgewood, Nova Jersey, olhei ao redor admirando a propriedade incrível que possuíamos até semana passada, suspirei resignada, eu cresci nessa mansão, todas as minhas lembranças são oriundas daqui, dava-me um aperto imenso no peito ao saber que papai fez dívidas o suficiente para perdermos o nosso lar para quitá-las.— Vamos ficar bem! — Afirmei nada convencida do que eu mesma falava naquele momento, mamãe apenas assentiu.Sem demoras peguei o meu celular, que graças aos céus não fora confiscado quando o oficial de justiça veio tomar os carros de papai e abri o aplicativo do Uber para solicitar um transporte, visto que agora não tínhamos mais nenhum carro disponível, e assim seguir para o que seria agora a nossa residência temporária.Como não poderíamos ser simplesmente jogadas na rua, o advogado da família, amigo de anos de papai nos ofereceu sua casa no Bronx, que segundo ele havia passado recentemente por uma reforma, e era usada por ele como renda extra, pois ele alugava para trabalhadores e afins, o mesmo disse que o último locatário tinha saído da casa e ela estava vazia, com isso poderíamos ficar lá sem nenhum custo por cerca de seis meses.Depois disso ele passaria a nos cobrar um valor de aluguel, mas esse tempo nos daria um respiro até que nós achássemos um trabalho, ou vendêssemos as coisas de valor que possuíamos, eu já planejava mentalmente os bazares para os quais venderia cada coisa e assim poderíamos sem dificuldades custear o valor do aluguel, ou então encontrarmos um lugar melhor para viver, porém, como no momento estávamos sem dinheiro e se tivéssemos movimentações altas em conta o banco retiraria o dinheiro para quitação de dívidas de meu pai, apenas poderíamos0 ter valores baixos em conta e o restante precisaria ser dinheiro vivo.Eu tinha recém completado vinte e quatro anos, eu era bonita, então para mim, não seria difícil arrumar um emprego além do que, eu sabia que com tudo que tínhamos, talvez, isso nem se fizesse necessário, obviamente não teríamos mais tantos luxos, teríamos que economizar, mas ainda assim daria para vivermos bem por um longo tempo. Se considerasse o tanto de dinheiro que Bob, o advogado de papai ganhou nesse período trabalhando para nós, ele deveria era nos dar a casa e não alugar, mas isso também não seria viável, a mansão foi vendida por dezesseis milhões de dólares, e nem todo esse valor foi capaz de quitar as dívidas que papai tinha, ainda perdemos os carros e nossa ações, ainda restavam algumas, mas eram poucas, se tivéssemos qualquer imóvel, seria vendido para quitá-las.Após cerca de oito viagens para trazer todas as malas, e notas que elas quase não couberam nele me senti melhor, realmente tivemos sorte de não terem confiscado os nossos bens pessoais.Como eu disse, nós duas juntas tínhamos muitas roupas de marca, malas, joias, a verdade é que dentro daquelas malas havia uma pequena fortuna, que tão logo estivéssemos acomodadas na casa emprestada eu faria questão de organizar para vendê-las para saber exatamente o quanto teríamos e como viveríamos com isso.Eu não fiz faculdade quando terminei o High School, pois eu e papai tivemos uma discursão muito séria sobre a profissão que eu queria seguir na época, ele exigia que eu me formasse em administração para assumir as empresas, mas eu sempre sonhei em trabalhar com maquiagens, eu disse a ele que me inscreveria no curso de química, tive um grande incentivador na época...Bem, eu falei a ele que trabalharia com cosméticos, mesmo que o meu maior prazer fosse criar maquiagens, de todos os tipos, inclusive aquelas escabrosas usadas em filmes, mas sabia que papai nunca aceitaria, então a química era um meio para um fim, mas ele era esperto, percebeu o meu intento e logo tirou de mim essa possibilidade.Ele não permitiu que eu me matriculasse na faculdade, me deixou presa em casa e com isso perdi os prazos na época, eu me senti tão atordoada que não dei a ele o que ele queria, e me recusei a ir trabalhar com ele, acabou que fiquei em casa durante os anos seguintes apenas gastando o dinheiro que ganhávamos, porém, eu era boa com contas, e entendia sobre investimentos, pois eu sempre lia sobre o assunto e acompanhava a bolsa de valores. A viagem até o Bronx foi longa, mamãe dormia aperta ao meu lado, eu estava me sentindo temerosa do que iriamos encontrar, mas estava tentando ser otimista, esperava de todo meu coração que a casa fosse minimamente confortável, tínhamos tanto em nossa mansão, e agora eu sabia que teríamos pouco, muito pouco nessa nova casa, ao menos teríamos um teto, pensei, tentando me consolar, mas isso só me trouxe mais raiva ao saber que a culpa por isso havia sido dos erros cometidos por papai.Tão logo o carro chegou ao destino eu saio do carro para avaliar com calma a nossa nova moradia, a casa era geminada e de dois andares, havia uma escada a frente que dava acesso à porta principal, olhei a largura dela, e era ridiculamente pequena, senti vontade de chorar ao notar o cubículo que teríamos que morar, meu quarto na mansão era maior que essa casa inteirinha, fechei meus olhos me contendo para não cair no choro, até que escuto a voz do motorista, deixando tudo ainda pior.— Deu oitenta dólares a corrida!Me senti miserável ao lembrar que eu tinha apenas duzentos dólares na carteira, e isso por pura sorte, pois eu iria sair e tinha sacado o dinheiro na semana anterior, porém minha amiga Lyn não pode ir por algum problema em casa, então desmarcou comigo em cima da hora, e com isso o dinheiro acabou ficando guardado, dei a ele a nota de cem com muito pesar e peguei os vinte dólares de troco, pensando em quanto tempo aquele valor ali duraria até eu precisar arrumar mais.Eu abracei mamãe que olhava desolada para nossa nova casa, estávamos tão perdidas com aquela situação que não notamos quando o motorista se foi, ficamos nós duas chorando silenciosamente enquanto olhávamos nossa nova casa com tristeza e algo muito parecido com ódio, papai havia feito besteiras e nós estávamos pagando o preço por isso, não era justo, nem um pouco, não sei quanto tempo se passou durante nossos delírios de sofrimento, apenas me dei conta da estupidez que estávamos fazendo quando mamãe começou a gritar.— SOLTA ISSO! ! ! ! NÃO É SEU! ! ! — Seu grito era estridente e apavorado, girei o corpo imediatamente para conseguir ver o que acontecia, e a cena era completamente assustadora.Dylan CooperOito anos depoisEu estava terminando de ler alguns relatórios para liberar alguns novos produtos quando o relógio despertou, me tirando completamente do foco com a atividade. Respirei fundo me sentindo um pouco cansado, o dia havia sido intenso na empresa, mas agora era hora de ir buscar as crianças na escola, hoje era o meu dia, ou seja, eu precisaria levar trabalho para casa para terminar depois que todos dormissem.— Certo! — Falo já me levantando e juntando as pastas que eu precisaria levar para casa. Minha secretária saia uma hora mais cedo, não apenas ela, mas depois que Oliver nasceu, reduzi uma hora da carga horária dos funcionários como um todo, a produção aumentou, e todos sem exceção podiam buscar seus filhos na escola sem precisarem correr desesperadamente. Foi uma decisão boa essa, meus funcionários passaram a trabalhar com mais satisfação ainda, o que só trouxe coisas boas para a Make Pro.Eu e Amber compramos uma casa nova, com as crianças, achamos melhor t
Amber Brown O dia finalmente chegou e o vestido branco que adornava meu corpo me fazia admirar as rendas suaves bordadas a mão. Minha barriga havia crescido muito no último mês, o que obrigou a costureira a abrir as costuras e colocar mais renda no lugar. Faltava apenas dois meses para o nascimento, mas Dylan desejava estar oficialmente casado antes do bebê chegar, e eu não fui contra isso. Giro no lugar e admiro o vestido em meu corpo. Papai não poderia vir ao casamento, mas eu trouxe um pedaço dele, pego o broche que ele fez para mim e o coloco no topo do meu coque, satisfeita com o quanto ele se integrou em todo o meu visual. — Mamãe! A senhora é uma princesa — Mia fala com a boquinha aberta e os olhos arregalados pela visão — tão lindinha minha mamãe! — continua com o elogio e corre até mim, dando um beijo no irmãozinho — você também está lindinho, Oliver — fala e logo ele começa a se mexer dentro de mim, esse menino é tão agitado que já começo a me preocupar com como ele será qu
Amber Brown— Pensei que você não viria nunca mais — as palavras saiam saudosas e um tanto desesperadas — não acredito que você está grávida — fala, parecendo genuinamente feliz — eu vou ser avô.— Você já é papai — falo e ele parece surpreso — eu tive uma menina, ela vai completar seis anos daqui a dois meses, veja, trouxe fotos dela para que você a conheça — ele olha as fotos com cuidado, uma a uma, enquanto lágrimas escorrem dos seus olhos. Ficamos um longo tempo em silêncio, enquanto ele olha todo o álbum que fiz de Mia — ela queria vir te conhecer, mas...— Não! — Afirma categórico — aqui não é lugar para uma criança — concordo com a cabeça.— Foi o que Dylan e eu pensamos.— Então ele que é o pai dela — sua voz soa dolorida, e o vejo engolir em seco.— Sim! — Confirmo de cabeça baixa, sem saber o que esperar.— Desse bebê também? — Pergunta olhando para o lado.— Sim! — Um silêncio absoluto toma conta da nossa conversa, até que resolvo quebrá-lo — vamos nos casar mês que vem — a
Amber BrownA manhã chegou e o meado da primavera trouxe com ela um dia ensolarado e florido. Fazia sete meses que eu e Dylan tínhamos noivado oficialmente. O pedido foi feito num café da manhã, junto da nossa filha, com uma caixinha de abelha escolhida por ela, depois Dylan me confessou que teve que ceder sobre a caixinha, pois ela queria que a pedra do anel fosse em formato de abelha, e nisso ele não estava disposto a ceder. Eu ri com a revelação e com ele contando como foi ir com ela escolher a aliança e toda a empolgação que ela demonstrava com a novidade.Ele se mexe ao meu lado e sinto sua mão subir lentamente até o topo da minha barriga, o calor era sempre bem vindo, acalmava o menino agitado que crescia dentro dela durante os seis meses de gestação. Não nos prevenimos desde que reatamos, apenas deixamos acontecer, e não demorou até que ele acontecesse.— Bom dia — sua voz soa rouca antes dele dar um beijo nos meus lábios e depois fazer o mesmo na minha barriga — como vai meu g
Amber Brown— Mamãe! Papai! — A voz de Mia é estridente, e ela corre animada até mim. Atrás dela Jackson e Carter vem correndo para nos abraçar. Conheci os meninos pouco depois de ter me entendido com Sophie. Faz mais ou menos um ano isso, mas ainda era difícil para mim chamá-la de mãe, eu não sabia se conseguiria algum dia, mas ela não me cobrava nada, Sophie parecia contente o suficiente de me ter por perto. Eu desejava fazer algum dia isso, lhe dar essa alegria, mas ainda não me sentia pronta, contudo, uma coisa que eu tenho feito, era vê-la e ver os meninos toda a semana.Ela havia me contado que a mansão foi comprada por Dylan durante o leilão após perdermos tudo anos atrás. Tanto ela como Dylan e o Bob concordaram em passar a mansão para o meu nome novamente, e eles se mudariam dali para que eu pudesse retornar a minha casa. Por muito tempo eu pensei que seria quase um sonho voltar a ter essa mansão como lar, mas um lugar menor, onde Mia estava sempre por perto, me parecia mais
Amber Brown Uma preguiça gostosa toma todo o meu corpo, a única vontade que tenho é de ficar por horas e horas deitada nessa cama macia com a mão quente de Dylan sobre as minhas costas. Antes mesmo de abrir os olhos me dou conta de que estou sorrindo. Todas as lembranças da noite mágica que tivemos me traz uma sensação de alegria tão novos que penso que quero acordar me sentindo assim todas as manhãs. Abro os olhos devagar, me despedindo desse momento após acordar e a primeira coisa que vejo são cachos castanhos bagunçados. Meu sorriso aumenta ainda mais, então tomo meu tempo para observá-lo dormindo. Seus traços marcantes, sua expressão suave, ele parece flutuar em algum lugar muito bom. Quando me dou conta toco de leve a ponta do seu cabelo, afastando a mecha da testa para poder contemplá-lo melhor. Ele é lindo. Mia é igualzinha a ele. O nariz afilado, os lábios cheios, o formato do rosto, os cabelos, os olhos. Ela é todinha ele. Fico por algum tempo apenas observando, até que mi
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