— Você está mentindo. — A expressão de Íris era pura desconfiança. — Tem um monte de gente no departamento de secretariado, sem falar no Tomás. Não precisam de alguém do departamento de tradução para entregar um documento.
— Se você não acredita, não posso fazer nada. — Mônica guardou os papéis e saiu apressada.
Íris observou Mônica se afastar, correndo, e ficou em dúvida. E se aquele documento fosse mesmo importante e precisasse ser entregue ao Rubem? Além disso, Mônica parecia realmente preocupada, até tinha ferido o braço, o que não fazia sentido se ela estivesse mentindo.
Depois de algum tempo de indecisão, Íris pediu ao motorista que parasse o carro e abriu a porta.
— Ei, entra aí! Eu vou junto com você. Se estiver me enganando, não vou te perdoar!
Mônica suspirou aliviada e entrou no carro rapidamente, indicando o endereço ao motorista.
— Fique longe de mim, que você está toda suja. — Íris se afastou com um olhar de desdém. — Tem um kit de primeiros socorros aí atrás. Se vira.
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