Douglas olhou para baixo e perguntou, muito preocupado:
— Está tudo bem?
— Está tudo bem. — Mônica respondeu, tentando se ajeitar, mas o trem balançou e, ao tentar se equilibrar, seu corpo foi novamente em direção aos braços dele.
— …
Era constrangedor demais.
Mas Douglas não parecia achar que havia algo de errado. Com uma mão segurando a barra do trem e a outra apoiada em seu ombro, ele a manteve firme.
Quando estavam na escola, ele e Mônica costumavam pegar o metrô com frequência. Naquela época, o metrô não estava tão cheio quanto agora. Ali, as pessoas estavam tão apertadas que mais pareciam sardinhas enlatadas sendo empurradas de um lado para o outro.
Mas o bom era que ele estava ali com ela.
— Vamos descer na próxima, em Rua Vine, são só quatro paradas. — Para tentar quebrar o clima tenso, Mônica disse: — Hoje, sei lá, não consegui pegar nenhum táxi.
Uma garota ao lado ouviu e, sem hesitar, falou:
— Vocês estavam na Rua do Ácer Dourado, né?
— Ah, como sabe?
— Eu sabia. A Rua do Ác