Enquanto Mônica preparava o café da manhã na cozinha, Rubem estava parado na porta, olhando fixamente para ela. O olhar dele não desviava por nada. Mônica, ao perceber que ele ainda estava lá, olhou para trás várias vezes. Aquilo estava começando a deixá-la desconfortável.
Ela suspirou, sem paciência, e falou:
— Tio, por que você não pega um jornal para ler? Dá uma olhada nas notícias, pode ser?
Rubem continuava a encará-la, e isso fazia com que Mônica não conseguisse nem mexer direito as mãos.
“Será que ele bateu a cabeça? Esse homem tá cada vez mais esquisito...”
Ao ouvir o pedido, Rubem deu meia-volta e foi até o sofá. Quando ele finalmente saiu, Mônica sentiu que o ar ao seu redor parecia ter ficado mais leve.
Mas a paz não durou muito. Depois de alguns minutos, ele voltou, parou na porta e disse, com uma expressão séria:
— Eu li o jornal, mas ele não é tão interessante quanto você.
Mônica não conseguiu evitar. Seu rosto ficou vermelho na hora. Desde quando ele ficou