Lucila
O cheiro de Vitório foi a primeira coisa que ela identificou ao acordar. Aquele cheiro gostoso, viciante, carregado da essência dele.
Em seguida, foi a dor. Não havia parte de seu corpo que não estava dolorido, mas a sensação de inchaço e incômodo era muito maior, e vinha principalmente de sua intimidade, que praticamente implorava por descanso.
Mesmo assim, um sorriso tímido lentamente curvou seus lábios. Ela sabia que toda mulher ficava dolorida depois de perder a virgindade, mas o que estava sentindo era muito mais que isso. Entretanto, essa sensação de fraqueza extrema e de sentir que seu corpo estava rasgado não a surpreendeu, pois depois de uma noite inteira fazendo amor com um homem como Vitório, era impossível que se sentisse diferente.
O aroma irresistível de café maltado, o seu preferido, chegou até as suas narinas. Lucila se apoiou nos cotovelos, com uma careta de dor. Uma bandeja de café da manhã estava disposta no criado mudo.
Havia torradas, frutas, o café, suco