Quando ela finalmente se aproximou, com Hermes ao seu lado e os olhos marejados, Vitório viu um universo inteiro se concentrar em um só instante.
Ela parou diante dele. E o olhou.
E nesse olhar... ele se perdeu em candura. Ela estava feliz, o azul intenso daquelas safiras traduziam isso.
Havia tanta certeza, tanta confiança, que Vitório entendeu que ela realmente queria esse matrimônio. Como seu pai havia dito, ela o escolheu.
Vitório teve que conter o impulso de tocá-la ali mesmo. De tomá-la em seus braços. De dizer “Você não vai passar mais um segundo longe de mim”
Ela sorriu suavemente quando o pai dela entregou sua mão a ele. Aquele sorriso pequeno, cheio de timidez, como quem oferece o coração sem saber que o fazia.
E ele sentiu a adoração transbordar em seu peito.
Como um devoto diante de sua santa. Como um homem diante da única criatura que, com um gesto, podia dissolver sua escuridão. Vitório abaixou o olhar por um segundo. Respirou fundo. E quando ergueu os olhos novamente,