O bip do monitor mudou, Vitório ouviu antes de entender.
— Saturação caindo!
Lucila piscou lentamente, os olhos perdendo o foco, sua mão, que apertava a dele, ficou fraca. Assustadoramente fraca.
— Lucila? Princesa? Ei, olha pra mim. Olha pra mim! — A voz dele quebrou o trânsito de médicos e enfermeiros que se moveram como um enxame sobre ela.
Mas ela não conseguia responder, a cor de sua pele ficou tão branca quanto as paredes. O corpo relaxava de um modo que o fez sentir como se ela estivesse escorregando por entre seus dedos.
— Precisamos encontrar de onde vem todo esse sangue, agora! Hemorragia! Iniciem protocolo! Rápido!
Vitório tentou se aproximar, mas alguém o afastou
— Senhor, precisamos que saia da sala, agora.
— Não! Eu não vou deixar minha esposa! — ele rugiu, selvagem, desesperado.
As portas da ante sala se fecharam, enquanto o arrastaram para fora. Lutando contra eles, arremessou um contra um carrinho de metal sem nem ver, quando estava prestes a se libertar, dois pares