A foto ocupava toda a tela.
Mariane, a pequena Mariane, aquela menininha que já tinha sofrido tanto, a filha de Bianca… jogada de bruços num colchonete imundo, amordaçada, seus bracinhos amarrados por fita adesiva cinzenta. Os olhos da criança estavam arregalados, brilhando de pavor puro, tão intenso que perfurou a alma de Lucy como gelo.
Bianca tocou a mensagem, expandindo o texto.
“Quer ver sua filha viva, sua puta maldita? Então leve a sua nova amiguinha muda para o endereço informado. Se tentar fugir ou avisar alguém, eu corto a garganta dela antes que possa chegar até mim. Chegou a hora de você pagar pelo que me fez. Estou de olho em você, não tente nenhuma estupidez.
Não me faça esperar, doidinha.
Você sabe que eu cumpro minhas promessas.”
E ao final, o endereço, uma área isolada, saída quase direta para a Rodovia dos Bandeirantes.
Lucy sentiu o estômago despencar.
Astrid.
Aquela mulher era o próprio demônio em forma humana.
A respiração de Lucy ficou irregular por alguns segun