Vinte e oito

Vivian

Ela chegou à galeria se desculpando pelo atraso. O ar estava impregnado pelo cheiro de tinta fresca e madeira, sinal de que a equipe passou a noite preparando o espaço para a nova exposição. Logo na entrada, deparou-se com um amontoado de caixas grandes sendo abertas. Homens com luvas brancas retiravam, com extremo cuidado, esculturas envoltas em plástico bolha.

Reconheceu imediatamente aquelas formas. Eram as peças que vira no dia anterior, na casa do escultor Sr. Duarte - o artista que os embebedou, conhecido tanto pelo temperamento arredio quanto pela genialidade que transformava metal frio em figuras quase humanas, carregadas de emoção.

Vivian parou diante de uma das obras recém-desembalada: uma figura feminina curvada, como se estivesse prestes a se desfazer em pó. Havia algo de perturbador naquela fragilidade petrificada.

- Impressionante, não é? - a voz de Matheus soou atrás dela. Ele caminhava apressado, segurando uma prancheta, mas parou quando a viu. - O mestre Duarte
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