Rafe era teimoso, um cabeçudo dos infernos, e enquanto ela não tivesse certeza se estava ou não grávida, não lhe daria o remédio para o enjoo. Ainda que não estivesse mais enjoada. Jogar tudo na privada lhe fez muito bem.
Fez o teste e o deixou na bancada da pia. Saiu do banheiro e sentou ao lado de Rafe no sofá diante da lareira do quarto.
— E aí?
Temeu encará-lo e ler emoção negativa nos seus olhos.
— Tem que esperar um tempinho.
— Nove meses.
Ela o fitou e o viu sorrindo.
Eu te amo, pensou, engolindo cada palavra.
— Cinco minutinhos.
— Os cinco minutos mais longos da minha vida.
O perfil másculo era iluminado pelo alaranjado da lenha queimando.
— Está pensando no quanto vai perder depois do divórcio?
Ele deu de ombros.
— Muita coisa pode acontecer em cinco anos.
— O que quer dizer com isso?
— Cinco anos não são cinco dias, Sophia, é isso. — Voltou-se para ela e a beijou de leve na boca — Imagino que tenha escovado os dentes.
Ela não conteve uma risada.
— Você é tão imprevisível, Ra