AIYANA
— A gente devia ajudar — digo, já empurrando a manta de lado e me levantando.Dou um passo na direção de onde os homens consertam as paliçadas destruídas, mas Alyssa engata a mão no meu braço.
— Eles sofrem, Aiyana — ela diz, a voz quase um sussurro cortante. — Quando estão longe, as almas vinculadas sofrem. Como se faltassem pedaços.
Fico parada. O vento levanta um redemoinho de neve fina entre nós.
— Estou bem. —resmungo.
— Aiayana...
Inspiro devagar, o ar frio queimando meus pulmões.
— A gente devia parar de falar disso — corto, puxando meu braço de volta, com mais força do que o necessário.
Dou dois passos em silêncio.
— Você devia levar isso mais a sério.
Paro novamente, os músculos tensionados. Viro um pouco o rosto. Alyssa está ali, imóvel, seus pés afundando levemente na neve, as botas de tecido molhadas nas bordas.
— Mesmo que com Maxim seja complicado agora… você ainda tem Icarus — ela continua. — Você deveria tentar conhecê-lo melhor.
Reviro os olhos antes que consiga