AIYANA
O cheiro da carne assada misturava-se ao aroma forte e adocicado do charuto de Tuuri, preenchendo o interior da cabana com uma névoa que deixava o ar reconfortante.
Sentados ao redor de uma velha mesa de madeira marcada pelo tempo, eu, Max, Icarus e vovó Aldrich dividíamos a refeição como velhos camaradas... ou, pelo menos, tentávamos.
Tuuri nos observava do outro lado da fumaça, com aquele olhar brilhante e insano de quem sabia mais do que dizia. Se este lugar fosse uma versão do País das Maravilhas, Tuuri seria uma mistura caótica do Chapeleiro Maluco com a Lagarta. A diferença é que aqui ninguém oferecia chá.
Enquanto mastigava um pedaço suculento de carne, notei Kamari, a segunda filha mais velha de Tuuri se movendo pelo pequeno espaço. Ela parecia mais deslizar do que andar, tão silenciosa quanto a fumaça que dançava acima da cabeça de Tuuri. Os cabelos negros dela desciam até a cintura como uma cascata escura, a pele morena brilhava, e os olhos, grandes e arredondados, p