Capítulo 36
AIYANA

O cheiro de musgo queimado e ervas secas impregnava o ar dentro da tenda de Tuuri.

O calor das brasas nos aquecia, mas não era suficiente para afastar o calafrio que corria pela minha espinha.

— Vocês... são companheiros.

Pisquei, esperando que ele estivesse se referindo a algo simbólico como aliados, sobreviventes, qualquer coisa. Mas quando vi os ombros tensos de Maxim e o jeito como Icarus desviou o olhar, soube que era aquilo mesmo.

— Relaxem, filhotes — Tuuri continuou, com um sorriso enviesado. — Dá pra ver a corda puxando vocês pra ela...

Ele apontou para mim com dois dedos pesados, como se aquilo fosse a coisa mais óbvia do mundo. E talvez fosse, para ele. Mas para nós... era uma ferida aberta. Um campo minado entre orgulho, dor e um desejo que nenhum de nós sabia nomear.

Icarus limpou a garganta, cortando o clima com sua voz tensa.

— Você sabe por que eles atacaram? — perguntou, o olhar firme cravado em Tuuri. — Eles destruíram minha alcateia antes de virem para cá. Mas
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