— Preciso desligar, tia! Depois conversamos melhor sobre esse assunto.
— Certo, minha querida!
— Beijos no papai e em você.
— Beijos!
Luna encerrou a chamada e retornou ao atendimento na livraria. Drica percebeu que a amiga havia ficado apreensiva depois do telefonema e se aproximou.
— O que houve, amiga?
— Minha tia ligou durante o café. Falou sobre a possibilidade de voltar para o Brasil definitivamente... Mas isso não está nos meus planos, Drica. Não agora!
— Não agora, porque está apaixonada, não é isso, Luna?
— É... é isso — suspirou.
— Você não precisa ir se não quiser. Você já é maior de idade. O que ganha aqui não é uma fortuna, mas dá para se manter.
— Você não conhece o meu pai. Ele nunca permitiria que eu morasse sozinha. Vai dizer que isso não dá certo, que é perigoso, que eu estou sendo irresponsável...
— Então mostre pra ele que já é crescidinha. Ele precisa confiar em você!
— Mesmo assim, ele vai ficar desapontado. Desde que a mamãe se foi... somos só nós dois. Entende?