18. Limites queimados
James Grant
Maya é desafiadora. Eu sinto isso em seu cheiro, no jeito como ela coloca o cabelo atrás da orelha, da forma como não recua e levanta o olhar apenas para me afrontar.
Mas não era somente isso que me deixava fascinado. O cheiro dos seus cabelos castanhos, os olhos esverdeados como as árvores.
Ela é diferente de todas. Até mesmo, dela…
Da única mulher que cheguei a sentir alguma coisa.
— Será que não sabe que não pode olhar diretamente para um Alfa desse jeito? — eu disse.
Ela se vira correndo para a porta, ficando de trás para mim. Posso ouvir sua respiração totalmente irregular, e seu coração batendo forte.
— Vai continuar em negação? — me aproximo mais dela e minha mão toca seu braço.
— Você me obrigou a ficar naquela casa. — respirou fundo se soltando do meu toque. — Eu não fui feita para ser um brinquedo, eu não vou te dar um filhote para você me usar como um útero.
Dei dois passos a frente, e eu vejo quando ela se esquiva, mas a viro, estamos frente a frente agora.