O cheiro de mofo, suor velho e desinfetante barato atingiu Alexandre no momento em que ele foi empurrado para dentro da Delegacia Central. As algemas em seus pulsos eram uma humilhação física, um símbolo brutal da armação de Clarice e Lídia.
Ele foi fichado rapidamente, tiraram suas impressões digitais, e o pavor de Lorena gritando em seu abraço ainda ecoava em seus ouvidos. A imagem do rosto machucado de Lídia pairava em sua mente — ele não a odiava o suficiente para bater nela. Ele a desprezava, sim, mas a violência não era o seu método. Clarice havia orquestrado a cena com uma frieza diabólica.
Ele foi levado para uma cela fria, suja e mal iluminada. A porta de aço bateu com um som cavernoso, selando sua prisão.
O choque inicial deu lugar a uma fúria gelada.
Lídia me traiu, me fez casar com ela, e agora, ela me coloca aqui.
Ele se sentou no catre de metal. Ele era Alexandre Bittencourt, um dos homens mais influentes do país, e estava trancado por uma mentira cruel orquestrada por s