LIA
Lavínia me levou para seu apartamento, um refúgio luxuoso e calmo, longe do caos da Mansão Bittencourt. Eu estava em frangalhos.
— Você precisa comer, Lia. E se lavar. Não podemos enfrentar Alexandre desse jeito. — Lavínia estava prática e firme.
Mas a única coisa que eu queria não era conforto, mas a verdade.
— Eu preciso ver Lorena. Só por um momento. — Eu implorei, as lágrimas voltando. — Eu fui demitida, fui chantageada e não posso me aproximar. Lídia vai usar isso contra meu pai. Mas eu preciso ver se ela está bem. Por favor, Lavínia. É a única coisa que me restou.
Lavínia me olhou por um longo momento.
— Se Alexandre descobrir, ele vai pensar que você sequestrou a filha dele.
— Ele já pensa o pior de mim. — Eu respondi, a voz vazia.
Lavínia, surpreendentemente, cedeu. Ela viu o desespero de uma mãe substituta.
— Tudo bem. Eu vou à mansão agora. Vou dizer que preciso levar Lorena para comprar um presente de casamento de última hora para Alexandre. Lídia não vai se opor. Ela