NARRADORA
O relógio marcava 23:30. Alexandre estava no escritório, mas sua mente vagava. Ele se pegou lembrando do sorriso exausto de Lia ao se despedir de Lorena. O mistério daquela garota era uma distração perigosa.
O toque do celular o tirou dos pensamentos. Era Marcelo, seu irmão e sócio.
— Alô? — atendeu Alexandre, impaciente.
— Relaxa, irmão. Estou te ligando para te salvar da sua própria rotina. Você está parecendo um robô.
— Estou trabalhando, Marcelo. Não tenho tempo para a sua vida social de playboy.
— Ah, mas hoje você tem. Estou no Lux, e você precisa vir para cá. É imperdível.
Alexandre hesitou. Ele raramente ia à boates, preferindo eventos fechados de caridade ou jantares de negócios. Mas o nome da boate... Lux.
— Por que o Lux?
— Porque é o lugar. O Lux é pura ostentação, eu sei, mas a atração principal... cara, você tem que ver. Ela é a conversa de toda a cidade. E, honestamente, estou entediado. Sem a Lídia por perto para te dar sermão, venha. Um d