A manhã seguinte no Complexo da Kerozene não nasceu com o sol, mas com o tilintar das peças a serem movidas no tabuleiro da guerra.
A dor de Isis havia se solidificado numa clareza mortal. Ela não era mais a mulher de luto; era a arquiteta de uma vingança fria, paciente e meticulosa.
Enquanto a ONG Raízes do Morro, sob a nova e surpreendente liderança da "turma teen", mantinha a esperança acesa, os generais da aliança se espalhavam pela cidade, cada um com uma missão.
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FRENTE 1: O RASTRO DO DINHEIRO
Num boteco pé-sujo no centro da cidade, com cheiro de cachaça e gordura velha, Zóio encontrou seu "rato".
Um contador de meia-idade, com óculos de aros grossos, ombros curvados pelo peso de saber demais e medo a mais.
— O homem tá nervoso. Fechando as pontas soltas. — disse o contador, a voz um sussurro, sem tirar os olhos do copo de cerveja suado à sua frente.
— Eu não quero saber do humor dele. Eu quero os caminhos. As empresas de fachada. Os laranjas. — Zóio empurrou um envelope pard