As sirenes rasgavam a noite como garras, pintando os corredores de concreto da base com um vermelho pulsante e infernal. O lockdown era total. Portas de aço desciam com baques surdos, selando as saídas, transformando a fortaleza numa ratoeira.
— Por aqui! Rápido! — A voz de Theo cortou o caos. Não havia mais vestígio do prisioneiro nela; era a voz do Capitão Andrade, o estratega, o líder que conhecia cada veia daquele monstro de concreto.
Não houve hesitação. Isis e Corvo o seguiram sem questionar, a sua equipe movendo-se em sincronia. Confiança forjada no fogo. Eles mergulharam numa série de corredores de serviço, longe das rotas principais, um caminho que não constava em nenhum mapa tático oficial. Era o conhecimento de Theo, a sua memória, a única arma que tinham contra o tempo e o aço.
Enquanto a equipe de Isis desaparecia nas entranhas da base, o Soldado Neves, um jovem recruta de rosto honesto e coração leal, corria com o seu pelotão na direção oposta. Ele havia servido sob o