Com a alta, Julia sentiu uma mistura de alívio e ansiedade. Depois de tanto tempo no hospital, a liberdade parecia quase surreal. O peso das paredes que a cercavam agora se desfazia, e ela tinha diante de si um novo espaço, com infinitas possibilidades.
Saiu do consultório com os folhetos de atividades em mãos e uma leveza no coração. A cidade, com seus caminhos conhecidos e desconhecidos, agora parecia cheia de oportunidades. Decidiu dar um passeio, aproveitar a liberdade de seus próprios passos e respirar o ar fresco. Enquanto caminhava, pensava no que Cole lhe dissera. Ela estava bem, mas algo dentro de si ainda sentia falta de um pedaço de sua memória. O desejo de se lembrar a acompanhava, mas por agora, ela sabia que deveria se permitir viver o presente. Julia sentia que, aos poucos, estava se redescobrindo. Cada esquina, cada café que passava, parecia trazer uma nova lembrança, uma nova sensação. Mas nenhuma delas ainda era forte o