Matthew foi direto para o escritório, onde começou a beber e se drogar. Andava de um lado para o outro tentando organizar os pensamentos. Subiu para o quarto, pegou duas bolsas e as encheu de roupas para ele e Julia. Colocou as bolsas no carro e voltou ao escritório, onde se drogou mais.
“Nem todo mundo caiu no seu papinho.” — lembrou.
— O que será que ela quis dizer? — pensou.
Matthew tentava dar sentido àquilo, revirando cada detalhe em sua mente. O que poderia ter deixado escapar? Nada vinha. A frustração o consumiu e, enfurecido, começou a quebrar as prateleiras, arremessando tudo o que encontrava pelo escritório.
De repente, lembrou-se do celular de Pérola. A ficha caiu com força. Estava tão obcecado em montar a vida perfeita que se esquecera completamente de que podia ser rastreado. Ainda assim, tomara tanto cuidado com cada passo, com cada contato... Quem teria desconfiado? Quem ousou procurar a polícia?
A mente de Matthew fervia. Os pensamentos iam e voltavam como um turbi