Na manhã seguinte, logo cedo, Julia já estava de pé. Às 8 horas, tinha que abrir a livraria. O cheiro de café tomou conta da cozinha, um aroma que ela amava particularmente.
A porta fez um barulho, e logo ela ouviu alguém entrando. Julia saiu da cozinha e foi até a sala. Estava com um sorriso no rosto, achando que fosse a amiga. O sorriso se desfez ao ver o marido entrar.
— Achei que ficaria feliz em me ver — disse ele, notando a mudança na expressão dela.
— Só não te esperava tão cedo… Achei que fosse a Pérola — tentou disfarçar, mantendo a voz leve..
— O cheirinho está bom.
— Só não te esperava tão cedo… Achei que fosse a Pérola — tentou disfarçar, mantendo a voz leve..
— Não vai me dar um beijo?
Julia não queria tocá-lo. Algo dentro dela rejeitava qualquer proximidade — não até ter suas perguntas respondidas. Sua mente fervilhava. Não queria ser amável, nem parecer carinhosa. Queria mesmo era virar a mesa, encará-lo e exigir que contasse tudo. Mas o que ganharia sendo direta, fria