O ambiente parecia suspenso, como se as palavras de Baran ainda ecoassem dentro das paredes. Vitório permanecia imóvel, absorvendo a advertência com aquele ar frio de Dom, mas com os olhos escuros mais densos do que de costume. Enzo ajeitava-se na cadeira, desconfortável, enquanto Mateu batia os dedos sobre a mesa, inquieto com a sensação de que todos estavam ouvindo algo maior do que simples conselhos.
Nesse instante, a porta se abriu. Um dos soldados, rígido na postura, entrou apressado e inclinou-se diante do Don:
— Senhor… há um telefonema para o senhor no escritório. É o Pakhan da Rússia. Ele insiste em falar com o senhor.
Vitório ergueu o olhar, surpreso.
— O que diabos o Yuli quer comigo agora?
O soldado engoliu seco.
— Não sei, senhor. Apenas disse que era urgente.
Vitório levantou-se, ajeitando o paletó escuro.
— Avise a ele que já estou indo. Diga que retorno a ligação em alguns minutos.
Quando o s