Os violinos ainda ecoavam no ar quando Sarah, no meio do giro, travou o passo de repente. O corpo, antes leve e solto na dança, ficou rígido. O olhar dela se ergueu como se atravessasse o salão e as paredes, indo além do que qualquer outro ali poderia enxergar.
— Parem de tocar! — a voz dela cortou a música como uma lâmina afiada.Os músicos congelaram. Todos no salão se voltaram para ela, sem entender.Sarah deu dois passos à frente, encarando um homem próximo à lateral da tenda principal. Os olhos dela, escuros e intensos, pareciam perfurá-lo.— Ele está aqui infiltrado. — disse com firmeza, apontando diretamente para o homem. — E tem mais gente lá fora.O murmúrio começou a se espalhar.— Se preparem. — a voz dela agora era grave, carregada de urgência. — Eles vão atacar. Ele avisou. É agora.Num instante, o clima de celebração se dissolveu. Soldados da família Moretti e homens ciganos, até então descontraídos, se ent