Rosana se ajeitou na sua cadeira e virou-se para a tela do seu computador.
— Veja, doutora, aqui está a relação dos nossos clientes!
Eu apertei os olhos surpresa. Eram muitos, mas muitos mesmo!
— Ele é muito bom, não é?— Eu falava do patrão.
— Ele é o melhor!— Rosana respondeu virando-se deslumbrada.
Eu quase perguntei se ela era apaixonada por ele, mas ainda era cedo para essas intimidades.
Rosana tinha por volta de vinte cinco anos, quase a minha idade.
— Você não concorda?— ela quis saber.
— Claro!— eu respondi examinando o olhar emocionado da moça.
Ela voltou a ficar de frente para a tela e virou a página.
— São muitos, doutora! Eu ficaria o dia inteiro aqui lhe mostrando.
Eu olhei para o total de clientes cadastrados e sorri.
— Eu percebi, querida! Está tudo bem, teremos muito tempo.
Rosana virou-se animada.
— Você começa amanhã?— ela quis saber.
— Acho que sim!— eu disse sem jeito, apertando a alça da minha